Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de auto, em três atos, escrita pelo autor brasileiro Ariano Suassuna em 1955. Trata-se de um drama ocorrido na região Nordeste do Brasil, com elementos da tradição da literatura de cordel, do gênero comédia e traços do barroco católico brasileiro. A obra mistura cultura popular e tradição religiosa.
Auto da Compadecida representa o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna.
Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas.
Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste.
Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.
Poeta, dramaturgo, romancista e artista plástico, Ariano Suassuna nasceu na capital da Paraíba, em 1927, e faleceu no Recife, em 2014. Adquiriu renome nacional e internacional com obras como o “Auto da Compadecida”, no campo do teatro, e o “Romance d’A Pedra do Reino”, na prosa de ficção. Membro da Academia Brasileira de Letras e grande defensor da cultura brasileira, foi o idealizador do Movimento Armorial, lançado no Recife em 1970 com o objetivo de, nas suas palavras, “realizar uma arte erudita brasileira a partir das raízes populares da nossa cultura”.