Nova obra do premiado autor Fabrício Carpinejar, Depois é Nunca retrata a despedida e o luto em forma de crônicas sensíveis e emocionantes.
Depois de focar na relação entre amigos, entre pais e filhos, entre marido e mulher, é chegada a hora de falar sobre aquela que é a única certeza que temos nessa vida: a morte. Em seu novo livro, Depois é nunca , Carpinejar tece envolventes e delicadas narrativas sobre o luto.
Em crônicas que falam sobre o quanto não sabemos reagir ao luto, Carpinejar encontra palavras que possibilitam o fluxo nítido de pensamentos junto dos sentimentos, com a sabedoria de quem sabe mexer com a magia das palavras. Ele escreve como quem te escuta. As dores de amores perdidos, reparados, disfarçados, contidos, escondidos.
Em Depois é nunca sua escrita é norteada pelo luto, pela saudade e pela esperança. Carpinejar trata dos sentimentos e das angústias de uma maneira tão única e leve que até assuntos considerados tabu, como a morte, ganham um significado especial em linguagem simples.
Seus textos ponderam sobre a intuição de que a morte vai chegar, e sobre o esforço feito para evitar as duas: a intuição e a morte. As memórias guardadas do derradeiro momento em que chega a notícia da morte de alguém. A incredulidade daquilo que já aconteceu e se demora a aceitar. A gratidão pela companhia dos momentos em vida, da memória boa que resta em quem fica.
Depois é nunca é uma leitura emocionante e leve que acompanha a saudade de quem perdeu alguém querido. É uma reflexão sobre a importância de não adiar afetos, afinal, depois é nunca.
Orelha assinada por Ana Claudia Quintana Arantes, autora de A morte é um dia que vale a pena viver:
O mergulho neste livro me trouxe de volta muito amor, o que eu vivi e o que perdi. No final do livro, depois de prestar atenção nos caminhos do meu coração por onde Carpinejar me guiou, veio um sorriso imenso e a vontade de fazer uma promessa para quem se foi da minha vida: “- Você foi embora, mas prometo que eu vou cuidar de mim como você cuidaria.”
Que seja assim a todos que decidirem caminhar por entre a magia das palavras deste livro, se possível hoje ainda. Lembrem-se de que, para muitos adiamentos de afeto, depois é nunca. Daqui fico cultivando a semente de esperança de que, lendo este livro, muita gente possa entender o que significa ver o invisível: revelar o amor que te habita poderá te salvar a vida.
Carpinejar é puro sentimento. Nas palavras de Carlos Heitor Cony (1926-2018), “sua entrega à poesia é total, urgente, inadiável”. Nasceu em 1972 na cidade de Caxias do Sul (RS) e publicou 45 livros entre poesia, crônica, infanto-juvenil e reportagem. É detentor de mais de 20 prêmios literários, entre eles, o Jabuti por duas vezes, o da Associação Paulista dos Críticos de Arte e o Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras. Atua como comentarista do programa Encontro com Fátima Bernardes, da Rede Globo, e é colunista do jornal O Tempo.