O livro retrata uma sociedade futurista, sofisticada e funcional, em que os mortos não morrem totalmente. São mantidos em meia-vida por seus entes queridos e podem até se comunicar com eles. Porém quando os mundos se misturam e a realidade vai transmigrando para o passado, pode só haver uma resposta: Ubik.
Em uma sociedade futurista, Glen Runciter é dono de uma empresa responsável por rastrear psis, indivíduos com habilidades especiais, como telepatas e precogs. Ele e seus funcionários caem na armadilha de uma empresa rival, e Runciter morre. Seus funcionários passam a receber estranhas mensagens de Runciter em moedas e embalagens de cigarro. O tempo começa a retroceder e eles terão que lutar contra a degeneração física e mental. A solução pode estar no spray Ubik, mas conforme a trama se desenvolve, menos fica claro quem realmente precisa ser salvo.
Ubik é uma das mais divertidas obras de PKD, mas também leva ao leitor uma teoria sobre uma das grandes questões do homem: o que acontece após a morte?
Glen Runciter administra um negócio lucrativo — utilizando suas equipes de anti-psíquicos para atender clientes corporativos que desejam privacidade e proteção contra espiões psíquicos. Mas quando ele e sua equipe de elite são emboscados por um rival, Runciter é gravemente ferido e colocado em “meia-vida”, um estado onírico de animação suspensa. Logo, porém, os membros sobreviventes da equipe começam a experimentar fenômenos estranhos, como o rosto de Runciter aparecendo em moedas e o mundo parecendo retroceder no tempo. À medida que os bens de consumo se deterioram e a tecnologia se torna cada vez mais primitiva, o grupo precisa descobrir o que está causando as mudanças e qual o papel de um misterioso produto chamado Ubik em tudo isso.
Philip Kindred Dick nasceu nos Estados Unidos em 1928. Ao longo de seus 53 anos de vida escreveu intensamente, e com maestria. O profundo questionamento da condição humana e da verdadeira natureza da realidade tornou-se uma marca indelével de sua obra. Tanto que a ficcionista Ursula K. Le Guin chegou a considerá-lo o Jorge Luis Borges norte-americano. Essas inquietações transparecem em argumentos e tramas que Dick explorou de forma profunda, mas irreverente. Combinados na dose certa, esses elementos criaram textos inigualáveis que ganharam leitores em todo o mundo, atraindo, inclusive, o interesse de diretores e roteiristas de cinema. Autor de cinco coletâneas de contos e 36 romances, Philip K. Dick morreu em 1982, em decorrência de um acidente vascular cerebral.